terça-feira, 14 de julho de 2009

INSTITUIÇÃO ESCOLAR

“As formas de educar e os fins da educação mudam com o tempo, de acordo com as exigências da sociedade em que vive”.
A instituição escolar surgiu na Antiguidade Clássica. Na sociedade primitiva não havia escola e a educação era exercida pelos membros que constituíam tal sociedade.
A escola surgiu da necessidade da transmissão do saber para um restrito grupo Exercia influência partilhada com a família, funcionando apenas como instrumento de ação educacional.
Os colégios funcionavam como disciplinador de crianças e utilizavam os castigos corporais de forma intensa.
“As escolas de destinavam à nobreza e à burguesia”.
Os pedagogos, ansiosos por mudanças nas práticas didáticas e ao conteúdo transmitido, reagiram à estrutura tradicional da escola. A partir da Revolução industrial houve a aceleração do processo de democratização do ensino com a reivindicação de escolas públicas gratuitas e obrigatórias, concedendo acesso às camadas não-privilegiadas da sociedade. .
A escola passa a assumir funções que antes eram da família, exercendo forte influência na formação das crianças e dos jovens. A escola passa a ser vista pelos teóricos como um agente transformador, permitindo a ascensão social e a criação de uma sociedade mais humana e democrática.
As críticas feitas à escola tradicional revelam a incapacidade desta em atender as necessidades de um mundo em constantes mudanças, surgindo daí novas alternativas na educação.
Na sociedade contemporânea a reflexão instigada pelos pedagogos permanece como um desafio: como superar a crise por que passa a nossa civilização caracterizada por um período de transição no qual o velho ainda não morreu e o novo não se apresenta com clareza.
Resta-nos saber que a escola não é compreendida fora do contexto socioeconômico em que está inserida e que por trás das decisões existem posições políticas e à medida que a sociedade contemporânea se torna mais complexa a escola adquire, cada vez mais, um papel insubstituível.

CONCEPÇÕES DE HOMEM

“A questão antropológica é a primeira que se coloca em qualquer situação vivida pelo homem”.
Para que a atuação do professor seja intencional é importante ter na sua práxis educativa a clareza da questão antropológica, rompendo definitivamente com a sua forma empírica, buscando compreender o conceito de homem voltado para a sua existência, tornando o aluno o centro do processo educativo.
As teorias antropológicas são várias, mas as três concepções que merecem enfoques são: metafísica, naturalista e histórico-social.
Na concepção metafísica há uma visão parcial do problema educacional, estando centrada no interior do indivíduo e nas formas ideais do que é o homem e como deve ser a educação.
Já na concepção naturalista há uma tentativa de adequar a metodologia das ciências humanas ao método das ciências da natureza, que se baseia na experimentação, no controle e na generalização.
Quanto à concepção histórico-social há um abandono das explicações essencialistas e estáticas, buscando o indivíduo como pessoa ou ser social, compreendendo melhor a interação entre sujeito e sociedade, inclusive ante as forças do poder.
Nesse sentido podemos compreender a importância da antropologia como orientadora do trabalho pedagógico.
“Muitos professores se encontram perplexos diante das classes cujos jovens eles não conseguem compreender. Novos objetivos, nova sensibilidade são desafios para a atuação dos educadores”.

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